quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

11ª coisa que aprendi.


Enquanto algumas pessoas conseguem ser "perfeitas o tempo todo", outras são apenas "humanas"... e se esforçam para ser melhores na medida de suas possibilidades...

Melhor um "ser humano" que admite sua imperfeição do que um "ser perfeito" que não consegue ser humano.


                                       Nada mais a declarar por hoje.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Sobre pessoas que acham que sabem demais...

Tem coisa e "não coisa" que é tudo a mesma coisa, mas vista de ponto de vista diferente parece outra coisa e as vezes é mesmo. Essa foi a coisa número 8 que aprendi (Para ler a lista completa, clique aqui).

Andaram compartilhando na internet, uma historinha ( que não sei se é verídica) que dizem "muito nos ensinar sobre não subestimar as pessoas"....

Daí que analisando a história ( eu e minhas análises ), percebi que aquela baboseira toda não passa de um exemplo típico de duas pessoas idiotas, que pensam que um sabe mais que o outro. 

E o "povo" compartilha como se fosse uma graande lição de moral. 

É um exemplo típico também de uma coisa que parece uma coisa, mas vista de um ponto de vista diferente parece outra coisa e às vezes é mesmo.

Primeiro leiam a tal história: 

 

No Curso de Medicina, o professor dirige-se ao aluno e pergunta:
- Quantos rins nós temos?
- Quatro! – responde o aluno.
- Quatro? – replica o professor, um arrogante, daqueles que sentem prazer em gozar com os erros dos alunos.
- Tragam um fardo de palha, pois temos um burro na sala. – ordena o professor ao auxiliar.
- E para mim um cafezinho! – pediu o aluno.
O professor ficou furioso e expulsou-o da sala. O aluno era Aparício Torelly Aporelly (1895-1971), o “Barão de Itararé”. Ao sair, o aluno ainda teve a audácia de corrigir o irritado mestre:
- O senhor me perguntou quantos rins “nós temos”. “Nós” temos quatro: dois meus e dois seus. “Nós” é uma expressão usada para o plural. Tenha um bom apetite e delicie-se com o capim.
A vida exige muito mais compreensão do que conhecimento. Às vezes, as pessoas, por terem um pouco a mais de conhecimento ou acreditarem que o tem, se acham no direito de subestimar os outros.



Tem muita gente que lê isso aí, bate palmas e compartilha...Mas analisem com atenção os seguintes aspectos...

O professor faz uma pergunta. 
O aluno se achando muito espertinho responde com "ironia". 
O professor se irrita ( afinal ele é o "senhordetentordosaber") e manda o aluno para fora da sala. 
O aluno ( que é o "senhordetentordosaber II ") se ofende e não perde a oportunidade de humilhar ainda mais o professor "corrigindo-o...

E o povo acha tudo bonitinho e posta como "moral da história": Não subestime a capacidade dos outros e blábláblá.... 

Ah, as pessoas...são tão engraçadas... 

Perdoem...mas ando analisando demais a vida, as pessoas... é só parar para observar...tudo é tão engraçado...e incoerente.

Igual o cara que veio aqui fazer palestra ( não vou falar quem é pq o cara é famoso, vai que ele ou alguém se ofende...)...

Estava indo tudo bem, até que num dado momento ele começou a falar em latim, (para nos mostrar que somos reles mortais que não sabemos latim)...Ele deu um jeito de enfiar o latim na palestra! 

Também "se gabou" de ter um filho "expert" em obras de arte que em visita ao Museu do Louvre , deu uma aula sobre obras de arte ( imagino o turista metido falando de seus altos conhecimentos...hehehehehe) e foi aplaudido e tals, e de outro é um jogador de futebol famoso e tals...enfim...tinha a ver com o assunto e não tinha...pouco importa...o que importa é que dali minha mente sofreu um "bloqueio - anti pessoas que acham que são melhores do que os outros- instantâneo"...

Deixei de prestar atenção na palestra e comecei a analisar a "arrogância nata" ( leia, uma arrogância que todos nós temos, uns mais, outros menos) do cara.

Talvez nem ele percebeu, é verdade, igual minha "amiga" que comparou meu filho com um cachorro quando meu marido disse brincando: "vou levar o cachorro na sua casa!" e  ela respondeu ( "brincando"): Não, leva o - nome do meu filho- que já tá bom demais!)...

As pessoas são assim...deixam escapar aquilo que elas pensam... É só observar e deixar elas falarem....

Vejam esse blog por exemplo, vocês conseguem me analisar? No meio de tanta baboseira que eu penso, os outros pensam ( muitos textos são "sugeridos" aqui)... existe aquilo que me escapa, te escapa, como por exemplo, nossos complexos, nossos medos, nossas ironias, enfim...

 Não adianta "pagar de santinho" porque todo mundo tem seu lado "obscuro"...( leia, aquele lado que você tenta esconder dos outros por ser politicamente, socialmente ou moralmente incorreto, mas às vezes ele escapa pela sua língua ou pelas suas ações).

No caso do palestrante, ele tinha muitas coisas boas para ensinar, alguns disseram que ele "era uma boa pessoa". Muitos sairam de lá com coisas boas na bagagem, mas infelizmente ele ativou meu botão de "análises" e a palestra acabou ali... (Tem horas que eu odeio meu botão de análises, ele me faz odiar instantaneamente pessoas que eu amo!). 

Problemas psicológicos meus à parte, em todo o caso, sempre pensei que, você pode ser muito inteligente, mas se usar essa inteligência para humilhar os outros, então não serve de nada...

Já dizia Renato Russo e Camões ( pra vcs que não acreditam em "bíblia")...que "sem amor tenho me tornado como um pedaço de latão que nada vale."

Muita gente por aí, acha que sabe tudo ( e sabe mesmo)...mas suas atitudes são incoerentes...

Falta de amor e "falsa humildade" . Combinação perfeita ativadora do meu botão de análises e destruidora de "boas ações".


Por isso,vou dar umas de dona Florinda: leia e compartilhe esse texto "E DA PRÓXIMA VEZ  " que for "ensinar" algo para alguém, cuide para que sua "arrogância nata" ( todo mundo tem isso, acredite), não seja mais forte do que o seu amor.

Até a próxima minha gente! Vejo vocês em Etérnia!



quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Sobre pequenas felicidades



Todo mundo tem suas pequenas felicidades...as coisas e as não coisas que te fazem sentir-se de "alma lavada"

Acho muito triste quando alguém com poucas felicidades julga a felicidade dos outros e a poda.

Manja aquele cara que você vai todo feliz contar algo e ele te joga um verdadeiro "balde de água fria"?

O mundo tá cheio de pessoas assim! Uns dizem que são pessoas invejosas, outros que são pessoas amarguradas pelos problemas da vida, outros que são pessoas apáticas...

Pessoas apáticas...como alguém pode viver desse jeito?

Pensando nisso, resolvi fazer minha lista de coisas e não coisas que me trazem uma pequena sensação de felicidade... E peço que me respeitem daqui pra frente ( leia: me respeitem aqueles que ainda não conhecem as minhas pequenas felicidades!)

Aliás, sugiro que vocês também façam as suas listas de "pequenas felicidades".

Quando estiverem amargurados, ao invés de "amargurarem a vida dos outros", peguem suas listas e leiam...Verá que ainda tem muito mais motivos para ser feliz do que para "amargar" na vida jogando balde de água fria na vida dos outros.

É isso...até a próxima minha  gente!!!!

 
Coisas e não coisas de lavar a alma.
Minha lista de pequenas felicidades:

Um céu cheio de estrelas.

Uns cachorros.

Uns gatos.

Uma libélula que vem brincar na minha água da mangueira enquanto lavo o quintal.

Borboletas.

Um cheiro bom qualquer, mas especialmente o de roupa lavada no varal. ( Ainda na categoria cheiro, cheiros de: roupa-nova, roupa de cama trocada, giz-de-cera, lápis e borracha novo, massinha de modelar ( acho que amo cheiro de sala de aula!), café no fim da tarde, meu filho quando acorda, perfume novo, banho, terra molhada quando chove e Nino- um gato que mora por aqui e não tem cheiro de gato, mas de qualquer coisa que me lembra alguma coisa.)

Chocolates. ( Ainda na categoria comidas: sorvete de cereja e pizza sem culpa!)

Ajudar alguém que precisa.

Rir até a barriga doer.

Dormir até não poder mais.

Escutar/cantar 1 dúzia de músicas favoritas.

Fim do dia.

Sábados.

Trabalho bem feito e concluído.

Oração.

Visitar a família lá longe. ( Ainda na categoria família: quando meu pai me liga, quando minha mãe faz café pra me esperar, quando minha irmã vai comigo passear em qualquer lugar, quando minhas tias me esperam para papear e matar a saudade...)

25 de março/Brás ( quem mora em SP me entende...)

Dia na praia com marido e filho ( raros, mas acontecem).

Pegar estrada.

Portal do Sol.

Poesia ( ler e escrever).

Ler e escrever.

Contar histórias.

Ouvir histórias.

Casa limpa.

Chuva com arco-íris ( ainda na categoria chuva: Cheiro de chuva,chuva pra dormir, tempestade com ventania e trovão...).

Avião ( acho que nem é o avião em si, mas o "olhar as nuvens lá de cima"...)

Mar e pôr ou nascer do sol.

Relâmpago.

Frio, chocolate quente e cobertor.

Alguns amigos

Muitos amigos

Filme de chorar.

Filme de rir.

Filme de pensar.

Teatro

Arte

Grilos cantando à noitinha

Filho correndo pela casa brincando de "imaginar"

Sonhos

Tempo livre para fazer qualquer bobeira que me der na telha

Pão caseiro

Bolinho de chuva

Dia do pagamento.

Customizar coisas.

Papo cabeça ou sem pé nem cabeça depende do dia.

Retalhos de pano, miçangas, tintas, cola, fuxicos, rendinhas...

Silêncio absoluto.

Barulho de rio.

Barulho de árvore

Consciência tranquila.


E você? Já fez a sua lista?

Segue abaixo, um texto fofo das pequenas felicidades da Cecília Meireles, que me inspira desde a infância, fez parte das minhas primeiras leituras...aprendi o segredo de descobrir pequenas felicidades com ela...
Degustem....

A Arte de Ser Feliz (Cecília Meireles)

Houve um tempo em que a minha
janela se abria para um chalé.

Na porta do chalé brilhava
um grande ovo de louça azul.

Neste ovo costumava pousar
um pombo branco.

Ora, nos dias límpidos,
quando o céu ficava da mesma
cor do ovo de louça,
o pombo parecia pousado no ar.

Eu era criança,
achava essa ilusão maravilhosa e
sentia-me completamente feliz.

Houve um tempo em que a minha
janela dava para um canal.

No canal oscilava um barco.
Um barco carregado de flores.
Para onde iam aquelas flores?
Quem as comprava?

Em que jarra... em que sala,
diante de quem brilhavam,
na sua breve experiência?
E que mãos as tinham criado?

E que pessoas iam sorrir de
alegres ao recebê-las?

Eu não era mais criança,
porém minha alma ficava
completamente feliz.

Houve um tempo em que a minha
janela se abria para um terreiro,
onde uma vasta mangueira
alargava sua copa redonda.

À sombra da árvore, numa esteira,
passava quase o dia todo sentada
uma mulher, cercada de crianças.
E contava histórias.

Eu não podia ouvir, da altura da janela,
e mesmo que a ouvisse, não entenderia,
porque isso foi muito longe,
num idioma difícil.

Mas as crianças tinham tal expressão
no rosto, e às vezes faziam com as mãos arabescos tão compreensíveis, que eu participava do auditório, imaginava os assuntos e suas peripécias e me sentia completamente feliz.

Houve um tempo em que na minha janela havia um pequeno jardim seco.

Era um tempo de estiagem,
de terra esfarelada,
e o jardim parecia morto.

Mas todas as manhãs vinha um pobre
homem com um balde e em silêncio,
ia atirando com a mão umas gotas
de água sobre as plantas.

Não era uma rega:
era uma espécie de aspersão ritual,
para que o jardim não morresse.

E eu olhava para as plantas,
para o homem, para as gotas de
água que caíam de seus dedos magros
e meu coração ficava
completamente feliz.

Mas, quando falo dessas pequenas
felicidades certas, que estão diante
de cada janela, uns dizem que essas
coisas não existem, outros que só
existem diante das minhas janelas
e outros finalmente, que é preciso
aprender a olhar, para poder vê-las assim.

Cecília Meireles ( te amo, sua linda!)




segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Sobre os animais e "cerezumanos"


Esse post é sobre a coisa número 2 que aprendi (clique aqui pra ler a lista completa) : Os animais costumam ser melhores, mais amigos e mais sinceros do que muitos seres humanos. ( Nota: existem seres humanos e "cerumanos" e há um enorme abismo entre eles.)



Já faz tempo que ouço as pessoas falarem do quanto se decepcionaram com algum "ser humano",mas nunca ouvi alguém dizer: "Me decepcionei com o meu cachorro!" ou "Meu cachorro me traiu", ou "meu gato andou falando mal de mim para os outros" ou "Se eu não fizer isso para o meu hamster ele  vai ficar de mal de mim!"...

Já parou para pensar nisso?

Você pode ter um dia difícil, mas quando chega em casa ele ( leia: qualquer bicho que você cria em casa), está lá todo feliz para te receber. E mesmo que você não "tenha paciência" para dar atenção para ele, o máximo que ele fará é deitar-se aos teus pés, respeitar o teu silêncio e esperar. Sem perguntar nada, sem cobrar nada, sem te julgar, sem achar que você não gosta mais dele porque teve um dia difícil...nada! Ele ali fica...e te espera.

Tão diferente das pessoas...que querem ser atendidas a todo custo, que te tratam bem quando precisam de você mas quando você não pode atender à suas solicitações, te descartam, te julgam, te difamam...

Uma vez uma amiga me disse: Você pode ser 100%. O dia que você virar 99% as "pessoas" dirão: Tá vendo! Ela não é 100%. Não confio mais nela!"

Pq pessoas são tão difíceis???

Os animais estão sempre de bom humor. Ou quase sempre...Ou melhor: o mau-humor dos animais é temporário e passa rápido ( manja o gato que defende o seu prato de comida?).

Os animais cuidam dos seus semelhantes. Protegem, defendem.

Os animais enfrentam suas dores "com dignidade"...  quantas vezes sofrem em silêncio. Não ficam por aí colocando a culpa ou descontando suas dores nos outros.

Os animais tem a "alma ensolarada".

Por isso que às vezes eu prefiro os animais do que ser obrigada a lidar com alguns "cerumanos".

Dramática eu? Talvez...

Uma vez li por aí que pessoas que não gostam de animais são pessoas frias, egoistas e até mesmo "perigosas". Realmente, pessoas que maltratam animais só porque os consideram "seres inferiores", para mim entram na categoria de "não pessoas". Não servem para ser do meu convívio. Deveriam ser banidas da humanidade". Exagero? Não acho!

Você pode até não ter um animal na sua casa, porque não tem tempo de cuidar, porque trabalha fora o dia todo e não quer deixar o bichinho sozinho, porque tem "alergia", porque não gosta de "caca" no seu quintal, enfim...mas daí a "não gostar e maltratar"  tem uma diferença enooorme! Conheço e admiro pessoas que mesmo não podendo ter um animal, sempre que podem ajudam um "animal alheio".

Mas voltando ao assunto de preferir os animais em algumas situações...Gosto de gente que tem coração de bicho.

Que gosta de mim sem que eu precise oferecer nada em troca. Que respeite meu silêncio e meus dias de chuva no peito ( que todo mundo tem!), que brinca, que pula, que ri, que me espera...

"Gosto de gente que tem a alma quentinha".

Não gosto de pessoas "nubladas".


Estou cansada de gente de "alma nublada".

"Cerumano" é gente nublada.

"Ser humano" tem alma quentinha...

"Bicho" tem alma ensolarada....


Acho que é isso.

O que você acha?







sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Sobre redes sociais e pessoas que pensam que são seus criadores



               Vocês se lembram de como era a vida sem rede social?


Eu me lembro que sobravam algumas horas no meu dia. Hoje em dia 5 minutos vira 2 horas rapidamente...e 2 horas fazem uma diferença enorme no meu e no seu dia.

O problema sou eu, claro, que deveria controlar melhor meu tempo em frente ao computador. Mas a verdade é que antigamente haviam coisas mais interessantes para se assistir na televisão.

Lembro de quando eu chegava da escola, do trabalho, e para relaxar, ligava a televisão.Hoje eu ligo o computador .
Pelo menos posso selecionar o conteúdo do que vai ocupar meu tempo de descanso.

Acho que foi justamente por isso que as redes sociais ficaram tão populares. 
As pessoas trocaram a TV pelas redes sociais. E não é pra menos...ali você fica sabendo notícias de vários lugares ao mesmo tempo em tempo real. Manja aquele cara que acabou de sofrer um acidente e vai lá e tira uma foto do pé quebrado para postar no instagram dizendo: Bati o carro, quebrei o pé, “partiu hospital, uahsuahsuah” ?...pois é...Nas redes sociais você conhece lugares diferentes quando seus amigos postam fotos de viagens, passeios, restaurantes... Conhece musicas novas, lê mensagens de otimismo, desabafos, reclamações de operadoras de celular...Fica sabendo que aquela sua amiga que não via à séculos casou, teve filho, separou, o cachorro dela morreu, etc,etc,etc... As pessoas trocam receitas, ideias, enfim...As redes sociais aproximam as pessoas...ou separam.

O problema é que as vezes as pessoas se esquecem de que estão sendo alvo de uma platéia de 30, 60, 150, 700 “amigos”. E postam coisas que não deveriam...

“Postam coisas que não deveriam”...quem pode determinar o que pode ou não postar? Chegamos ao ponto das coisas e não coisas sobre as redes sociais e as pessoas que pensam que são seus criadores.


Já cansei de ler “regrinhas de etiqueta sobre o que deve ou não colocar na sua rede social”. Regrinhas criadas por pessoas que “pensam que são os criadores da rede social”e pior, que são “super pessoas que entendem tudo de regras e comportamento”. Claro que, se existem mesmo essas “regras oficiais”, acho digno obedecê-las. Mas não concordo com o que as pessoas fazem, transformando a rede social num verdadeiro “ quartel general”.

Por exemplo, tenho um blog. Criei ele. Aqui só será permitido o que eu quiser. É justo. Tenho o direito de moderar os comentários e não permitir que se perca o objetivo do que criei. Não é “tirania ou ditadura”, é bom senso. O Blog é meu e se você quiser participar, é seu também, mas tem que ter bom senso. Não pode sair comentando qualquer besteira, falando palavrão, agredindo as pessoas verbalmente...O bom senso vai fazer com que você concorde que eu posso sim, selecionar e moderar os comentários para não perder o objetivo.

Uma vez compartilharam por aí um tal depoimento do cara que criou o facebook ( Mark Zuckerberg) dizendo que “os Brasileiros estavam estragando a rede social”. Ele disse que iria criar um “manual de comportamento”. Teve muito “brasileiro” que ficou revoltado, falou mal do cara, mas eu achei justo.

O cara tem todo o direito, o facebook é dele. Sou usuária, devo respeitar as regras dele. É como quando você compra um apartamento em um condomínio. O apto é seu, você faz ali o que quiser, mas existem regras comuns que devem ser seguidas e respeitadas. Então não é bem assim: “ o face é meu e eu posto o que eu quiser!”...Ele é seu, mas você está sujeito às regras do cara que o criou.

E (embora não tenha certeza da idoneidade das informações do tal manual pois algumas dessas regras me soam como alguém as interpretou e publicou de acordo com o seu ponto de vista, mas enfim...gostaria de ter acesso ao texto original...), acho razoável as colocações ali. ( para visualizar o "tal manual" clique aqui)

O cara não está ditando nenhuma regra que não esteja relacionada com o “bom senso”. Simples assim, guarde essa palavra: "bom senso"

Para saber se você tem ou não bom senso, dá uma olhada lá no seu “perfil”. Pensa que aquilo é um reality show. Você está sozinho, na sua casa, a vida é sua, você faz o que quiser, mas tem 700 “amigos” te olhando pela janela e pelas “câmeras escondidas”. Ficou com “vergonha” de algo que eles viram? Tem algo que eles não poderiam ter visto? E o seu emprego? Vai encarar o chefe amanhã? E seus pais, seus filhos, seus netos? Isso resume, para mim, o que é ter bom senso.

Bom senso não é aquele monte de “regrinhas” que alguém que pensa que é o criador do facebook estabeleceu. Algumas tem até fundamento, mas existem outras que são apenas “picuinhas”. Por exemplo: curtir ou não o próprio status. Penso que tem muito mais bom senso uma pessoa que posta uma coisa legal ( tipo uma receita) e “curte” como dizendo: Achei legal isso aqui!, do que o cara que posta um monte de baboseira e nunca curtiu o próprio status. Uma vez argumentaram dizendo: “ O fato de você compartilhar já mostra que você curtiu! Curtir novamente é pleonasmo!” Não concordo. Tb compartilho coisas que eu não curto. Por exemplo: “Aumentou a gasolina!” Vou compartilhar porque é uma informação útil para os outros, mas eu “não curti” o aumento da gasolina, capite?

Se  faço do meu perfil meu diário, meu blog, etc é problema meu. Desde que haja bom senso claro. A partir do momento que estou burlando as regras do bom senso, postando coisas que incomodam ou “agridem” as pessoas, tenho que rever minha postura...mas se você for a “minoria que se incomoda com as minhas postagens” é só me excluir, me bloquear. Acho que as pessoas devem ter liberdade de ter em sua rede social penas aquilo que lhe acrescenta alguma coisa. Não acrescentou, incomodou? Exclui e pronto!

Minhas fotos estão feias? Nasci assim...fazer o quê? Também não preciso ficar postando foto fazendo pose para ver se melhora, porque já sei que não vai melhorar...mas se você gosta de fazer pose pra foto ( leia: bico de pato...heheheh), o problema é seu. Você sabe quem te observa e o que essas pessoas pensam a respeito disso, e eu não tenho nada a ver com isso. Se me incomodar eu te excluo. E pronto.

Às vezes o meu bom senso vai ser diferente do seu. Mas na maior parte, ele vai ser igual, porque bom senso é bom senso e não tem meio termo.  Costumo dizer que existem coisas que são comuns à humanidade, independente de raça, cor, religião, política. Tem coisa que todo mundo aprova, tem coisa que todo mundo condena. Se você está fora do que todo mundo aprova, pode até ser que esteja certo , algumas grandes mudanças começaram assim, com um cara que se "rebelou" (Ps: nem sempre isso deu certo...), de qualquer forma não custa nada analisar com cuidado a sua postura, só para ter certeza de que está tudo ok e de que a grande mudança que você quer causar vai mesmo servir para alguma coisa... Bom senso é um exercício diário que faz bem para a alma, assim como caminhar faz bem para o coração, capite?

Então minha gente, vamos parar com essa besteira de ficar apontando o dedo virtual na cara dos outros dizendo que pode isso e não pode aquilo e vamos ter bom senso! Curtam, compartilhem, desabafem, mandem indiretas,postem fotos,comentem... mas nunca se esqueçam do bom senso, certo? É isso...

Até a próxima!

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Sobre a fragilidade humana

 
A fragilidade humana não é um tema que estava entre as 10 coisas e "não coisas" que aprendi ...talvez porque ainda tenho muito o que aprender sobre isso.
                              
                   Então por que vou escrever sobre a fragilidade humana?
 
Simples, porque somos frágeis mas muitas vezes temos complexo de Super-man/woman... Achamos que somos invencíveis, imortais, indestrutíveis...temos tanta certeza de tudo e de repente vem a vida e muda todas as coisas de lugar...

É nessas horas que criamos nossos abismos, ou não, talvez aproveitamos para aprender alguma coisa.


Esses dias, aconteceu algo que me fez enxergar as coisas de outro ponto de vista. E eu quero compartilhar com vocês porque talvez o meu ponto de vista “fosse” o mesmo que você está usando ultimamente, e talvez você também vai querer refletir e mudar o seu ponto de vista. Vai depender das coisas e das “não coisas” da sua vivência...
Pega lá um café, senta aí e reflita nisso que vou te contar agora.

O acontecimento.

Fizemos uma viagem de 4 dias.
Antes de viajar, pedi para uma pessoa colocar ração para o meu cachorro. A pessoa gostava do cachorro, costumava trazer guloseimas para ele sempre que voltava do supermercado.

O cachorro, nada bobo, já esperava pelas guloseimas. A cumplicidade entre os dois era como se já se conhecessem há tempos.

Um dia “esqueci” o cachorro trancado para o lado de fora.
Percebendo que o portão dessa pessoa estava aberto , o cachorro entrou na casa alheia e fez um sinal como que dizendo: “Duvido você me pegar!”... A pessoa achou graça e foi atrás do cachorro que o levou até meu portão indicando que a porta estava fechada. Era um pedido para que ele abrisse. Ele abriu, me chamou e contou a proeza do cachorro , rindo: “ Esse cachorro é muito inteligente!”

Naquele dia em que viajamos ele se despediu dizendo: Boa viagem! Aproveitem! Fiquem tranquilos que o cachorro ficará bem. Foi a última vez que falamos com ele.

Quando voltamos, o nosso quintal parecia abandonado. O cachorro estava quase sem água. A casa dele também estava totalmente fechada. Não havia ninguém lá.
Uma outra pessoa nos informou que ele havia sofrido um AVC e estava hospitalizado. Aconteceu no dia seguinte da nossa viagem. Entramos em contato com a família e soubemos que a situação era grave e não tinha previsão de alta, nem de melhora, nem de nada.

Passados alguns dias , a esposa e a filha vieram buscar alguns pertences. Assisti em silêncio elas apagando as luzes, fechando as janelas, colocando as malas no carro. Fazia alguns dias ele havia trocado o carro, mandado fazer uma churrasqueira para receber os amigos...e agora estava lá naquele hospital inconsciente.

Pensei na fragilidade humana. Como não somos nada.
Num dia estamos fazendo nossas coisas habituais: trabalhando, comendo, cuidando do cachorro, pagando as contas, planejando o dia de amanhã e no outro dia vem a vida e muda tudo. Tudo, literalmente!

A princípio não tive coragem de falar com elas. Nessas horas a gente nunca sabe o que dizer.
Fui criada numa “cultura robô”, onde as pessoas nessas situações apenas dizem: sinto muito, ou “meus pêsames”...

Tem coisa mais impessoal do que dizer “meus pêsames” à uma pessoa? A pessoa ali sofrendo e você , porque não suporta o sofrimento alheio, lhe diz apenas “meus pêsames” e vai embora? Oras!

Decidi que iria “quebrar o protocolo”. Nada de meus pêsames. Eu ainda havia trazido um licor artesanal que trouxe como agradecimento pelos cuidados com o cachorro. Parecia fora do contexto, mas era aquilo que eu tinha para oferecer como quem diz “olha, gosto de vocês! Não gostaria que isso tivesse acontecido!Aceite isso como um gesto de carinho.”

Tomei coragem e fui falar com elas, dei um abraço. Não falei nada. Deixei elas falarem.
Ofereci ajuda se precisassem de algo, disseram que estava tudo sob controle.
Entreguei também o licor. Disse: “sei que não é hora de comemorar nada, mas eu trouxe para vocês”....Guardem para a hora certa.”...era tudo que eu poderia oferecer naquela hora, uma forma de dizer: “olha, eu me importo!Sei que estão sofrendo, se eu pudesse faria alguma coisa para amenizar o sofrimento”...

Acho que elas entenderam o que eu queria dizer... Sorriram, agradeceram, disseram que aquela era a hora certa, que aquilo faria “bem para o coração”...E se foram.

Passados outros 10 dias soubemos do falecimento.
Elas me ligaram chorando para avisar. Avisei os vizinhos.
“Acabou o sofrimento”, ou começou...não sei ainda. Porque nesses casos, o sofrimento que acaba para uns, geralmente começa para outros.

Comecei a pensar seriamente naquela frase que costumam dizer: “Não deixe para amanhã o que se pode fazer hoje.”...não no sentido “imediatista”, como muitos colocam, justificando suas escolhas erradas dizendo: “Fiz mesmo! Não se pode deixar para amanhã o que se pode fazer hoje!”...Não, não é esse o sentido.

Essa frase tem um sentido muito mais amplo, ao meu ver.
Ela fala das nossas prioridades.

Hoje, quais são as suas prioridades? No que você irá se ocupar? O que terá que deixar para trás?
Quais serão suas escolhas?
Será que se o amanhã não chegar, o que você tiver feito hoje terá sido o suficiente?

Quanto tempo eu perdi hoje me preocupando ou cuidando de coisas que não eram realmente importantes?
O que é “realmente importante? Como eu posso classificar as coisas e as “não coisas” em importantes e não importantes?


Comecei a fazer uma lista, de coisas importantes e não importantes.
Infelizmente tive que decretar a minha morte. Infelizmente para uns, felizmente para outros.
Mas esse é um capítulo à parte.
Quando eu for falar da coisa número 6 que aprendi eu posto o texto da minha morte.

Por enquanto, fica aqui apenas a reflexão.

E você, o que está fazendo agora? Quais serão as suas prioridades de hoje? Se o amanhã não vier, o que você fez hoje terá sido o suficiente?

Pensem nisso...até a próxima minha gente.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Coisas e não coisas sobre as pessoas que pensam que os outros são ‘não pessoas’.

Li um texto sobre um psicólogo que varreu ruas durante 8 anos, para provar que não enxergamos pessoas e sim função social. O cara chegou à conclusão que alguns são alvos de “invisibilidade pública”. Caso você tenha curiosidade sobre os detalhes desse estudo, acesse: http://www.cmqv.org/website/artigo.asp?cod=1461&idi=1&id=1202. Aí li outro post sobre o valor das coisas, aqui mesmo: “Coisas e não coisas que queremos ter”(http://naocoisas.blogspot.com.br/2013/02/coisas-e-nao-coisas-que-queremos-ter-o.html). E a constatação foi: somos menos do que mostramos, porém mais do que pensamos. E iguais uns aos outros. Explico: Pensei nas minhas experiências mais recentes, não por que começaram agora, mas se avaliar bem, durante a vida toda pensei assim, “idioticamente”. 
No último final de semana, contratei uma pessoa nova para limpar minha casa. Quando ela chegou em casa, estava arrumada, bem vestida, maquiada e perfumada. E eu brinquei com ela: Nossa! Como ela vem chique fazer faxina! ... Comentário de péssimo gosto e recheado de julgamentos. Primeiro por que ela estava ali para fazer um trabalho digno como o meu e o seu. E se eu me visto bem para trabalhar, ela também o faz. Segundo por que, se notarmos bem eu rebaixei – sem noção e intenção – a profissão dela: “vem chique para fazer uma faxina”. Como ela deveria vir? De qualquer jeito no caminho, só porque quando ela chegasse em minha casa, ela ia fazer apenas uma... faxina? Por que não valorizo o trabalho dela que é essencial para a minha vida? Que eu sequer sei fazer sozinha! E aí, pergunto a você: por que desvalorizar as pessoas com essa profissão? Por que “dó” de pagar R$xx,xx por uma faxina? No que eu sou melhor do que ela? Por que não cumprimentar um gari, mas cumprimentar um doutor? Quem sabe o que vai na alma de cada um deles? Quem sabe do caráter, dos anseios, dos amores, das dores do outro? Quem sou eu pra te julgar? Quem é você pra não me entender? Quem somos nós, afinal? 
Li uma charge de dois rapazes conversando. Um dizia ao outro “Sou grato à vida”. O segundo retrucava “Como? Você não tem carro, paga aluguel, não tem cartões de crédito...”. E o outro respondia “Sou grato à vida. Não ao sistema”. A escravidão ao sistema foi o que fez com que o psicólogo varresse o meu e o seu chão, mas nunca recebesse um ‘bom dia’ ou um ‘obrigado’ durante 8 anos. 
Do dentista ao manobrista. Do ator ao corretor. Da freira a benzedeira. Do arquiteto ao analfabeto. Dono de gado ou desempregado. Somos todos iguais. Ele não é menos. Você não é mais. Estou aprendendo, devagar e sempre, a enxergar o coração das pessoas e convido você a esquecer o visual, penetrando almas, desnudando a sua. Cada um com suas coisas e / ou não coisas, mas gente é sempre gente. 
É isso aí!

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

As coisas e "não coisas" da nossa jornada...

Hoje vou escrever sobre 2 daqueles itens da minha lista de coisas e "não coisas" que aprendi, os itens 1 e 3.

 
1)O tempo passa, a gente vai ficando velho e as coisas mudam ( as "não coisas" também).

 3)Todo mundo carrega suas marcas que os fazem agir desta ou daquela maneira. Você não conhece essas marcas então é por isso que às vezes não entende as pessoas. ( Geralmente quando você julga alguém pela "fachada", de acordo com as "não coisas" existentes na sua cabeça, corre grande risco de estar totalmente errado sobre aquela pessoa e ainda sair perdendo :P )


Observe esta imagem...

Uma menina que encontra um mundo totalmente desconhecido...

Esse portão todo retorcido mostra que algo estranho aconteceu ali. Talvez uma  forte tempestade, uma ventania ou  talvez um monstro do pântano que ali vivia encarcerado de repente tenha conseguido quebrar as grades e fugiu em disparada...

Há uma escadaria, um caminho que parece ser longo.

Há traços de luz e de sombra.

Cogumelos que parecem gigantes contrastando com outros bem pequenos.

E flores... Observe a expressão das flores.

A maioria a admira com graça. Estão sorrindo. Possuem um olhar leve, traquilo: parecem dizer - vá em frente e seja feliz!


Tem uma que apenas observa. Sem demonstrar nada. Parece que nem mesmo notou a sua presença. Tem um olhar distante...

Ainda há uma terceira que tem um desespero no olhar. Ela quase diz: não vá! Isso é muito perigoso!!!

Mas a menina parece continuar, pé ante pé...observando tudo ao seu redor.

Este é o  meu retrato. E o seu também.

Todos nós nos deparamos na vida com o momento em que nos é apresentado um "mundo novo",  ( Leia "mundo-novo =  qualquer  situação de mudança que porventura possa ocorrer em nossa vida, grande ou pequena, levando em consideração que a mesma mudança pode parecer algo grande para mim e pequeno para você e vice-versa).

Algumas vezes esse "mundo-novo" parece assustador. Sua entrada é como aquele portão retorcido. Você não sabe o que aconteceu ali antes da sua chegada!

E você chega à entrada daquele portão somente após passar pela "prova de fogo": a opinião das flores ( leia: dos outros).

Sempre vai ter aqueles que dirão: "Não faça isso! Não siga adiante!" E te darão mil motivos válidos para não continuar.

Também vai ter gente que vai ser indiferente. Pessoas que você talvez esperasse que se importassem, mas elas não se importam. Não dizem nada. Estão tão absortas nos seus próprios problemas e dificuldades que não enxergam nada diante de si, ou fora do seu mundo.
(Ps: tem também os que não te enxergam por puro egoísmo. Só pensam em si. Você para eles não significa nada.).

E vai ter aquela maioria que vai torcer por você.

Sim, a maioria.
Porque a gente  gosta de andar com quem gosta da gente. E costuma fazer destes "a maioria" na nossa vida. Estas são aquelas flores que estão sorrindo dizendo: vá em frente!

Alguns, quando chegam perto do portão param. Desistem.
A escadaria parece não ter fim. É muito cansativo, "não terei forças para chegar ao fim."

Alguns ouviram a voz da florzinha pessimista. Ficaram amedrontados e paralisados. Não conseguem seguir adiante e passam o resto de suas vidas parados diante do portão, sem ação ou reação.

Outros se deixam afetar pela atitude da florzinha que não se importa.
Gostariam que ela tivesse se importado e dito alguma coisa: vá em frente ou, desista!...mas ela não disse nada. E estes seguem. Ou desistem também. Quando seguem, vão inseguros. Precisavam de uma opinião. Sentem-se sozinhos. "Ninguém se importa! O que será de mim?"

Creio que de todos estes, os bem sucedidos são sempre aqueles que escutam ( ou apenas observam) as "florzinhas felizes". Essas "florzinhas" podem ser amigos ou simpatizantes ou apenas pessoas de bem com a vida que gostam de ver a felicidade alheia sem motivo ( talvez você nem as conheça ...)
Aquela maioria que sorri e diz : vá em frente! Acredite que você é capaz!

Estes "bem sucedidos" geralmente não se importam muito com o tamanho da escadaria. E sabem que haverá periodos de luz e de escuridão.
Também observam os obstáculos: uns maiores outros menores, mas mesmo assim sabem que vale à pena tentar. São pessoas que  geralmente tem aquela atitude: "Donde hay vida, hay esperanza"!

O jeito de subir  as escadas também determinará o sucesso. (Nessa hora aparece o coelho com o relógio: já é hora, já é hora!Apressem-se!hehehehe)

Se subirem correndo, logo irão se cansar. Se pularem degraus, sofrerão uma distensão muscular e talvez não poderão continuar.

Se forem muito devagar, talvez não cheguem nunca.Perderão a hora. A idade chegará antes, o tempo os levará embora.

Mas se mantiverem o ritmo, chegarão ao seu destino.

E o que haverá no fim da escada? O que é este "destino" ( não no sentido de ter algo pré-determinado, mas um lugar para se chegar.)?
Aí depende das coisas e "não coisas" que habitam sua cabeça. Cada um tem as suas necessidades, as suas prioridades, as suas vivências. Gosto de falar em "vivências". Elas geralmente determinam muitas coisas e também determinam as "não coisas" ( penso que acabam determinando mais as "não coisas" do que as coisas propriamente ditas)...


"Todo mundo carrega suas marcas que os fazem agir desta ou daquela maneira. Você não conhece essas marcas então é por isso que às vezes não entende as pessoas. ( Geralmente quando você julga alguém pela "fachada", de acordo com as "não coisas" existentes na sua cabeça, corre grande risco de estar totalmente errado sobre aquela pessoa e ainda sair perdendo , lembra?)

Eu particularmente, gostaria de encontrar o Chapeleiro Maluco para tomarmos um chá. Ficaria feliz se o encontrasse "no final da minha escada." Teríamos tantas coisas para conversar...E você? O que gostaria de encontrar?

Assim, desejo que você tenha uma boa caminhada.

E não se esqueça que nesta jornada "Tudo é uma questão de manter a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranqüilo".




Serra do luar- Leila Pinheiro
Amor, vim te buscar
Em pensamento
Cheguei agora no vento
Amor, não chora de sofrimento
Cheguei agora no vento
Eu só voltei pra te contar
Viajei...Fui pra Serra do Luar
Eu mergulhei...Ah!!!Eu quis voar
Agora vem, vem pra terra descansar
Viver é afinar o instrumento (de dentro)
De dentro pra fora
De fora pra dentro
A toda hora, todo momento
De dentro pra fora
De fora pra dentro
A toda hora, todo momento
De dentro pra fora
De fora pra dentro
Tudo é uma questão de manter
A mente quieta
A espinha ereta
E o coração tranquilo


Até a próxima minha gente!

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Coisas e não coisas que queremos ter - o valor das coisas.Seria um caso de não coisa?



Pois é...quem nunca?

Quem nunca gastou uma grana que não tinha no banco para fazer "um gosto"...
Quem nunca sentiu o gostinho de desfilar com alguma "coisa desejada pelos outros cerezumanos".
Quem nunca foi num lugar usando a tal "coisa desejada pelos outros cerezumanos" e se sentiu totalmente descontextualizado? Tipo: pagando de riquinho no lugar errado?

Chegamos ao ponto de partida do post.

Alguém aí lembra da coisa de número 9 que aprendi?"Tem gente que vive  só  de coisas e gente que vive só  de "não coisas". Tem gente que vive das duas . E tem gente que não vive  nem de 'não coisas', mas bota uma banca como se vivesse aí cheio de coisas. Cuidado com esses aí." Então...esse post vai explicar isso aí. Analisem estes exemplos...

Comprei uma bolsa da marca X ( não vamos fazer propaganda de graça...hehehehe). Mais de mil reais...comprei num site de super descontos...paguei "barato", menos da metade do preço. Mas ninguém sabe disso. Quando vêem a minha bolsa pensam logo que paguei os mil reais.

O fato é que a tal bolsa com algumas semanas de uso começou a desgastar-se por dentro. Ficou horrível. Para não "acabar" a bolsa, comprei outra, baratinho numa lojinha de bairro para o dia- à dia. E a desgranhenta da bolsa da loja do bairro, que custou 30 conto no máximo, continua lá, firme e forte, já faz mais de 1 ano. Uso todo dia e ela não tem 1 arranhão!

Outro dia fui à um parque com a minha bolsa X" (costumo usá-la em "ocasiões especiais"- Leia: lugares onde as pessoas usam e gostam de pessoas que usam a bolsa X). Na hora de entrar no brinquedo, fomos cair com um grupo de pessoas super simples, que estavam se divertindo com um pacotão de biscoito de polvilho, nem ligavam para bolsa x,y ou z...)... Na hora me senti "mal" por estar usando a tal bolsa X. Parecia estar fora do contexto. Dei um jeito de "esconder" a tal marca dourada luminosa da minha bolsa! Afinal, não queria passar para eles a imagem de ser uma "riquinha- metida- chata- arrogante".

Outro exemplo. Outro dia vi uma pessoa que nunca usa "coisas desejadas" com um sapato da marca Xy... Pensei: ganhou de alguém, não é o estilo da pessoa usar isso aí, ou tá pagando o sapato até hoje coitada!...

Olha que preconceito o meu!!!!Que coisa feia!!! E olha como eu, já tomada pela mentalidade capitalista do sistema, passei a observar a marca x, y, z nas pessoas...é quase que inconscientemente, mas observo e me sinto horrível por isso!Quem nunca?

Conheço gente que mal tem o que comer em casa, mas faz 75 parcelas no crediário para ter aquele tênis, aquela roupa, aquela maquiagem...Para quem? Para ela ou para os outros?
Porque é legal fazer um gosto de vez em quando, mas pare e pense antes de fazer 75 parcelas no cartão: Para "quem" estou comprando isso?

E também conheço gente cheio de grana, que convive muito bem com uma bolsa da lojinha da Chichinha da Serra.

Ah, e também conheço gente que usa tudo, ou às vezes usa alguma das "coisasdesejadas" , mas isso para ele é tão normal que ele age como se fosse da Chichinha da Serra ( em outras palavras, aquilo é meramente matéria, não o afeta e com aquilo ele não pretende afetar ninguém...).

O fato é que não importa o que você tem, e sim a imagem que você quer passar.

Se você não quer passar imagem nenhuma, mas apenas ser aquilo que você é, na sua essência, seja com suas coisas ou suas não coisas desejadas ou não ( tanto faz)...aí sim você está no caminho certo.

Gosto de gente assim. Que você enxerga a alma.

Gente que não lhe parece metida, mesmo desfilando numa Ferrari.
Gente que não tem Ferrari, mas tem essência, e tem alma e tem coração e você nem percebe que ela não tem nem uma Ferrari, (às vezes você até acha que ela tem, de tão fina e  elegante e educada que ela é...)
Gosto de gente que trata bem os outros, que olha no olho e não olha por cima.
Gente que compartilha, que dá, que divide...
Gente que agradece ( o garçom, o padeiro, a caixa do supermercado, não apenas o dono do restaurante, o dono da padaria, o gerente do supermercado...)
Gente que não liga para status...(Status para ele é só o do facebook...hehehehe)
Gente feliz com aquilo que tem. E ponto.

Fico pensando quem será que inventou esse negócio de " (você) só presta se for de marca"... e pior ainda somos nós que concordamos com isso e caímos nessa "escravidão imposta por um sistema totalmente capitalista".

Porque as pessoas precisam ser medidas por aquilo que elas possuem?( o carro, a casa, a roupa, o celular, o notebook, os "i" isso e aquilo da vida, etc...)

Porque para fazer parte deste ou daquele grupo eu preciso ter isso ou aquilo?

Porque se eu entrar numa loja do Shopping com 1000,00 na carteira, usando uma bermuda, uma camiseta qualquer e um chinelo, os caras ao invés de me atender vão chamar o segurança, vão me revistar e ainda vão falar que eu roubei os 1000,00?


Porque eu só vou gostar de você de verdade se eu te der um presente da loja X, enquanto que se eu te der uma lembrancinha de coração do "lojão do 1 real" significa que não tenho consideração? ( tá bom, avacalhei, não precisa ser do 1 real...!Mas continua lendo aí e pensa nisso!)



Pois é...
As pessoas são escravas...e cometem erros discriminando os outros por terem isso e não terem aquilo.
Não as culpo...a culpa é do sistema.

Mas fica aqui a reflexão:
O que você quer "parecer ser"?Para quem? Por quê?

Que este post vos liberte da escravidão!!!

Até a próxima minha gente!