domingo, 27 de outubro de 2013

As coisas e as não coisas que damos valor...

Faz tempo né? Minha vida anda meio fora do lugar...por isso não tive muito tempo de escrever aqui...mas hoje encontrei numa tardinha de domingo um pouco de inspiração após um almoço especial e após organizar alguns pensamentos e me sentir 70% mais leve e certa de que falta pouco para que as coisas tomem seu devido rumo, decidi escrever...Para quem já estava com saudades...divirtam-se!!!

O que é importante para você?
O que você realmente dá valor?
Pense lá no fundo, faça uma lista, por ordem de importância.


Diz uma história lá da bíblia,( para quem acredita e para quem não acredita leia como história mesmo, tanto faz...), que em certa ocasião, Jesus estava visitando umas pessoas e na casa haviam duas irmãs. Uma delas se empenhava em organizar o almoço, os detalhes, enquanto a outra sentou-se aos pés de Jesus para ouvir suas palavras. A irmã atarefada irritada perguntou: Senhor, não vai pedir para ela me ajudar? Não vê que estou fazendo tudo sozinha?...e Jesus respondeu: Na verdade, poucas coisas são realmente necessárias...sua irmã escolheu a melhor porção...

O que isso tem a ver com o que vou escrever?

Hoje preparei um almoço, para umas pessoas importantes. Ontem, essas pessoas almoçaram na casa de uma colega minha...daquelas que coloca porcelana schmidh e talher de prata na mesa...Ela é uma pessoa gente boa, simples, e sabe receber as pessoas como ninguém...com suas porcelanas e taças e talheres...Gosta disso! Toda vez que vou na casa dela faz questão de me mostrar as coisas...a porcelana, as panelas, as toalhas, as roupas de cama de marca...Não sei o que ela pensa de mim para me mostrar tudo isso sempre, mas enfim...não importa...Nada contra gente, pelamordedeus! Eu tb gosto de ser recebida com uma mesa bem arrumada, cada um faz o melhor que pode, mas já tive a impressão que algumas pessoas acham que dou muito valor para isso...mal sabem elas dos meus panos velhos, toalhas desbotadas e pratos....cáspita! Os pratos!!!!

Como eu iria dar um almoço especial, com meus pratos velhos? Não tenho 1 jogo de prato inteiro...A verdade é que depois de uns anos de casada, as coisas vão se quebrando, e se perdendo, e eu nunca tive dinheiro para ficar comprando prato e talher bonito...e agora que tenho um pouquinho de dinheiro, não tenho tempo de ir lá comprar...

Então que eu comecei a pensar nas minhas coisas velhas...E lembrei da Cora Coralina. E lembrei da minha infância e lembrei da minha avó, e lembrei do "prato azul pombinho"... e as coisas começaram a fazer sentido...

Quando eu morava na cidade grande, eu fazia questão de muitas coisas... Nunca recebi ninguém em minha casa sem um aparelho de jantar combinado. Tudo era assim na casa das pessoas, tudo bonito, combinando...e eu fazia exatamente assim...Mas lá no fundo eu sempre tive saudade dos pratos coloridos descombinados da minha casa quando era criança, onde saía a lasanha no domingo com a mesa da cozinha posta na sala, para dar um "clima" de mesa de jantar, que nunca tivemos... Tinha saudade daquelas porcelanas rachadinhas da casa da minha avó, nas nhocadas de domingo com a primarada em volta da mesa, que depois ia de fusquinha na padaria comprar picolé...e que aos poucos foram sendo substituídos por porcelana fina e cara...graças às "mudernidades"...

Daí que acho mesmo que fui cansando das modernidades... fui cansando de competir, de ter que ter o prato mais bonito, a casa mais bonita, o carro mais bonito...aceitei o desafio: Fugi!

Fiz um bazar, vendi minhas modernidades...

Nunca senti falta do meu George Foremman Grill, que vendi por uns trocados num bazar para levantar a grana da mudança. Nunca.

E o que não quebrou na mudança, eu trouxe para fazer o almoço de hoje...uns pratos coloridos...um de cada...porcelana schimdh,  oxford e  umas porcelanas baratex da china, tudo junto e misturado...

Comecei a arrumar a casa... a casa que pedi à Deus...Uma colcha de retalhos no quarto do meu menino, um jogo de cama (daqueles de catálogo) no meu... uma toalha de mesa florida, umas flores num vaso, uma toalha de mão velha, mas macia e perfumada...um tapete de crochê, duas almofadas com capa de gatinho ( escolha do filho, que nem combina com a decoração, mas agrada os olhos dele), meus cachorros vira-latas... e fiquei ali vendo minhas coisinhas "pobres", e pensando como era bom quando eu era criança, quando aprendi a dar valor para coisas importantes...coisa que estou tentando ensinar meu filho a valorizar...

E pensei que realmente, não vale nada colocar uma mesa bonita, cheia de luxo, se no prato não tiver nada feito com amor...se tudo que fizermos nessa vida for obrigação para impressionar os outros...se eu tiver que ficar competindo com meus amigos para ver quem é melhor...se eu não puder ser quem eu realmente sou...só para impressionar. E  junto com isso pensei mais meio milhão de coisas que tem à ver com a vida que estou levando...então agradeci a Deus, pelas minhas coisinhas pobres e por ter me acordado à tempo...antes que seja tarde demais.

Inspirado em Humildade e Prato Azul Pombinho , de Cora Coralina...
Vale a leitura e a reflexão...


                                                                         “Humildade

Senhor, fazei com que eu aceite
minha pobreza tal como sempre foi.
Que não sinta o que não tenho.
Não lamente o que podia ter
e se perdeu por caminhos errados
e nunca mais voltou.
Dai, Senhor, que minha humildade
seja como a chuva desejada
caindo mansa,
longa noite escura
numa terra sedenta
e num telhado velho.
Que eu possa agradecer a Vós,
minha cama estreita,
minhas coisinhas pobres,
minha casa de chão,
pedras e tábuas remontadas.
E ter sempre um feixe de lenha
debaixo do meu fogão de taipa,
e acender, eu mesma,
o fogo alegre da minha casa
na manhã de um novo dia que começa.”


domingo, 25 de agosto de 2013

Coisas que sentimos e não sentimos

Faz tempo que não tenho inspiração para escrever aqui, mas ontem me ocorreu um fato que me fez lembrar do blog e resolvi que precisava fazer um desabafo.


Coisas que sentimos e não sentimos.

Passamos metade de nossas vidas sentindo coisas, não sentindo outras, ou sentindo coisas e nos obrigando a "dessenti-las", ou ainda, não sentindo coisas e nos obrigando a senti-las...Por exemplo, quem aqui já não se enganou, achando que sentia algo por alguém ou por alguma coisa e quando viu, descobriu que não sentia era nada daquilo? E quem de nós já não achou que não sentia nada e num dia qualquer chorou 5 litros de mágoa porque na verdade o que sentia era muito mais do que imaginava?

O que quero dizer com tudo isso de sentir, não sentir, sentir de novo?

Que o ser humano é todo sentimento.

A gente vive de sentimento.

Mesmo quem não tem sentimento, sente lá no fundo alguma coisa...geralmente é mágoa, dor ou coisa passageira.

E sentimentos mudam. Que nem as estações do ano.

Tem vezes que estão quentes como o verão, outras esfriam como no inverno, às vezes se renovam como o outono e outras florescem como a primavera.

Tenho nas minhas partes internas, uma lista de coisas e não coisas ( leiam também pessoas e não pessoas) que cabem em cada uma dessas categorias...e dependendo das minhas tempestades, as coisas mudam de lugar...de uma hora para outra.

Tive que aprender com o tempo a ser seletiva. Tive que aprender a gostar e desgostar.
E cada vez que gosto ou desgosto, tenho que recomeçar a organizar as coisas e as não coisas nas categorias certas para manter a "casa" em ordem!

E isso dá um trabalhão danado...Por vezes dói. Mas me recupero. Afinal, quase sempre depois de uma tempestade, vem um arco-íris.

Tem dias que aguardo ansiosamente por um...

É isso.

( Baseado em pessoas que acham que eu preciso de alguma coisa delas para ser feliz...)




quarta-feira, 27 de março de 2013

Sobre liderança

Liderança- pessoas aspiram, invejam, derrubam, conquistam, simplesmente fogem ou simplesmente são...

Vou escrever algumas coisas e não coisas que  penso e venho observando ao longo dos anos sobre cada uma dessas características.

O que faz um bom lider?
Quais são as suas qualidades?
O que aprendemos com um bom líder?
Que tipo de pessoa ou líder é você?

  Já ouviu a frase: "Se quiser pôr a prova o caráter de um homem, dê-lhe poder?" ( diz o Google que essa frase é de Abraham Lincoln (1809 - 1865) que foi o 16° presidente dos Estados Unidos, entre 1861 e 1865, e o primeiro presidente do Partido Republicano dos Estados Unidos...

Porque me interessa saber isso? Porque se o cara, sendo um líder disse isso, ele sabia com propriedade do que estava falando. 

Conheço pessoas e não pessoas que adoram bancar o líder. E com o chamado "poder" nas mãos cometem erros grotescos. E conheço líderes, uns bons, uns maus...uns mais ou menos...

Porque resolvi escrever sobre isso? Sei lá! Digamos que esse texto é apenas um texto baseado em neuroses contemporâneas que surgem a partir da observação de idiotices alheias.

Voltando ao assunto do líder.

Subdividi as pessoas em 6 categorias. Deve ter muito mais, mas se achar por bem, você comenta aí em baixo e complementa o texto.

Categoria 1:
Existem pessoas que aspiram ser líderes.
E essas pessoas aspiram tanto, que fazem com que tudo em sua vida gire em torno de ela conseguir o tal status. Sim, um status. A pessoa não sabe, mas não quer nada além de ter um status. Precisa a todo custo ser "respeitada" porque é um lider. Ser lider faz bem para o seu ego. E ela conta "com orgulho" para todos ( inclusive para quem não te perguntou nada) que ela tem um cargo importante. Que tem o poder de mandar e desmandar. Ela "pode"!
Conheço pessoas que chegariam a morrer, caso não tivessem conseguido determinada posição...e pessoas que usam a sua posição apenas para humilhar os outros, provar que "é melhor". Não perdem a oportunidade! E pessoas que precisam ser líderes para se "auto-afirmar". É uma necessidade!!!

Categoria 2:
Existem pessoas que invejam os lideres. É a turma "do contra". Por pura inveja estão sempre procurando um defeito, e criticando, e tentando "puxar o tapete" dos que são lideres...Adoram encontrar e expor as falhas...Na verdade,queriam ocupar aquela posição, mas não admitem isso. Geralmente, os que aspiram muito ser líderes, fizeram parte desse time antes.

Categoria 3:
Existem pessoas que derrubam os líderes. Essa é a categoria mais perigosa. Esses geralmente já passaram da fase dos que simplesmente invejam...chegaram ao ponto de fazer de tudo para derrubar. Jogam sujo se preciso. Também não passam de um subgrupo de "aspirantes à líderes"...mas dispostos a ocupar o seu lugar, custe o que custar!Cuidado com eles!

Categoria 4:
Existem pessoas que conquistam a liderança. Talvez de início nem tinham a intenção ou aspiração de se tornar um lider, mas com o tempo aquilo aconteceu naturalmente...Esses também se tornam com o tempo alvo dos que aspiram, dos que invejam e dos que derrubam. Estes também podem cair no "erro" de sentir o gostinho do poder...ou podem simplesmente ser lideres ( já explico essa categoria dos que "simplesmente são).

Categoria 5:
Existem pessoas que fogem da liderança. Essa idéia jamais passou pela sua cabeça. Esse é um grupo neutro.  São as únicas pessoas que por não "aspirar", não invejam e não derrubam. E ainda por cima tem grandes chances de fazer parte dos que "conquistam a liderança" naturalmente. Mas mesmo assim fogem, porque não estão dispostos a enfrentar os que aspiram, os que derrubam, os que invejam...primam por ter paz na vida.Os que fazem parte dessa categoria são frequentemente conhecidos como "os que ficam em cima do muro"...Tudo bem, tem hora que o muro é o lugar mais seguro para se ficar, dependendo do tipo de "cobras" que estão brigando lá em baixo...hehehehe

Categoria 6:
Existem as pessoas que realmente são lideres e ponto final. 
Alguns desses "já nasceram" líderes, outros conquistaram, outros "aconteceu naturalmente", independente de como chegaram ali, foi por merecimento. 
Algumas de suas características são:
Conseguem "driblar" toda a turma de aspirantes, invejosos, derrubadores...acabam conquistando e reafirmando a liderança com sua carisma, seu jogo de cintura.
 São pessoas que "impõe respeito" sem dizer uma única palavra...somente sua presença basta.E quando precisam impor respeito dizendo algo, o fazem sem agredir...fazendo com que o outro reconheça seu erro e aprenda com ele, contribuindo para o crescimento do grupo.
Geralmente, são pessoas que estão abertas à diálogos, aceitam críticas, reconhecem quando estão erradas. E não tem medo ou vergonha de "voltar atrás" se for preciso. Primam pela paz do todo, e não apenas a sua.
São grandes observadores...
Baseiam sua liderança em pequenas e grandes aprendizagens que nunca se esgotam...estão sempre aprendendo.
São "humildes". Humildes do tipo que sentam na mesa pra tomar café com a faxineira pois reconhecem que cada um tem o seu valor, todas as funções são importantes para o funcionamento do todo (leia mais clicando aqui: "sobre pessoas que pensam que os outros não são pessoas ).
Resumindo,lideres verdadeiros funcionam assim, como uma espécie de "linha e agulha" que vai tecendo, costurando, remendando, fortalecendo. 

Ao longo dos anos, tive a felicidade de conviver com pessoas assim...e a infelicidade de conviver com as outras também. 

De ambos os lados você sempre aprende coisas e não coisas. Mas geralmente, as coisas você aprende com os bons...

Sempre que tiver uma oportunidade ( sendo lider ou não), converse com um bom líder. Mesmo que os "outros tirem você de puxa-saco". Vale a pena...eles sempre tem coisas para ensinar, principalmente se você for um "aspirante a lider" ( por motivos nobres, óbvio, não pelo status ou pela "disputa do poder")...E se não for nenhum aspirante a nada, também valerá à pena, uma boa conversa poderá ampliar seus horizontes.
E lembre-se: quanto mais cabelos brancos ele tiver em sua cabeça, melhor!

Para refletir pense: E você?Qual é a sua categoria?E se te dessem o "poder" hoje, você saberia o que fazer com ele?

Até a próxima, minha gente!





sexta-feira, 1 de março de 2013

Sobre a morte da gentileza


                                              "Gentileza gera gentileza"...quem nunca ouviu?



Tão bom conviver com pessoas gentis... Pessoas que olham nos olhos, que agradecem, que se importam, que mostram empatia....

Sempre me pergunto...porque hoje em dia a gentileza é algo raro?

Porque o "cerumano" classifica as pessoas em: este tem algo a me oferecer, vou ser gentil com ele...ou: este não me interessa, dane-se ele!...?

Pare e pense em alguém gentil que você conhece. Veio alguma imagem imediata na sua mente? Ou você demorou para encontrar essa pessoa gentil nos seus arquivos?

Agora pense numa pessoa "ingentil" ( sim, criei este adjetivo!). Quantas vieram à sua mente?

Pessoas gentis são raridade. Deve ser porque vivemos num mundo que nos obriga a cometer algumas “desgentilezas” de vez em quando. E “desgentilezas” marcam mais do que gentilezas.

É mais fácil  lembrar de alguém, por algo grosseiro que aquela pessoa cometeu do que lembrar de quem cometeu alguma gentileza, concorda?Por exemplo, é mais fácil eu lembrar daquele atendente do supermercado que foi grosseiro comigo num determinado dia, do que daquela mocinha gentil que me atende todos os dias. Eu logo penso: 'não vou mais lá! Lá tem aquela pessoa grosseira que me atendeu aquele dia!' Sendo que tem 30 pessoas gentis que me atenderam a vida inteira!!! Quem nunca???

Porque isso acontece?

Porque a grosseria está fora do padrão da normalidade ( pelo menos deveria...). Ser gentil é encarado, de certa forma por todos, como um “padrão” ( pelo menos deveria ser também)...

A pessoa gentil “não faz mais do que a obrigação”, por assim dizer, enquanto que a pessoa grosseira ( ingentil), está totalmente fora do “padrão". Infelizmente porém, esta última acaba sendo "temida e respeitada" por todos, quando deveria acontecer exatamente o contrário no quesito "respeito"...Vai dizer que você nunca tratou uma pessoa "ingentil" suuuper bem ( exatamente porque sabe que ela é assim e não quer que ela seja  com você também, e não deu a mesma atenção "especial" a uma pessoa que é sempre gentil - pelo contrário, às vezes até já cometeu alguma "desgentileza com esta última...???)

Quando achamos que a pessoa gentil não faz mais do que a obrigação, decretamos a morte da gentileza!

A gentileza morre quando não é retribuída.

A pessoa é gentil com você, mas você é grosseiro com ela...ela morre.
A pessoa te agradece, você não responde...ela morre.
Você faz um favor, a pessoa não te agradece...ela morre.
Você sorri, a pessoa continua ali, dura, não retribui...ela morre... 
Você diz: Bom-dia!!!A pessoa não responde...ela morre...
Você elogia, a pessoa age como se aquele elogio fosse indiferente...ela morre.

...e assim a gentileza vai morrendo aos poucos...no outro dia eu não vou te agradecer, não vou sorrir, não vou te fazer um favor, não vou te cumprimentar, não vou te elogiar...e a “desgentileza” vai gerando “desgentileza”...

Lógico que não existem pessoas perfeitas, todo mundo tem seus dias de “tempestade”, mas vamos combinar que o outro não tem obrigação de adivinhar que naquele dia você não está bem, então tudo bem você dizer: 'me desculpe, mas hoje não estou bem...preciso ficar sozinho com as minhas “desgentilezas”...' É melhor do que sair por aí gerando “desgentileza” à toa.

Vamos combinar que o outro não tem culpa das suas tempestades e mesmo se ele tiver, o melhor a fazer é ser franco, dizer que ele é o culpado e tentar resolver com ele, não com os outros que não tem culpa de nada...

E vamos combinar que, é muito melhor conviver com pessoas que sabem ser gentis e pedir perdão pelas suas “desgentilezas” ( todo mundo comete, mas existe a palavrinha mágica que muitas vezes cura tudo...), do que conviver com gente chata, grossa, fria, que gera “desgentileza” toda hora!

Então minha gente, por um “mundo” mais gentil, deixem suas tempestades guardadas debaixo do travesseiro ao sair da cama para um novo dia. Compartilhe essas tempestades apenas com quem te entende, te ajuda, tem culpa, enfim, não leve sua nuvenzinha negra para o trabalho, o ônibus, o metrô, o supermercado, a padaria...não faça “chover” em quem não tem nada a ver com isso..

Desejo dias de sol e arco-íris pra todo mundo!
Sejam felizes!!!...e até a próxima minha gente!!!!

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

11ª coisa que aprendi.


Enquanto algumas pessoas conseguem ser "perfeitas o tempo todo", outras são apenas "humanas"... e se esforçam para ser melhores na medida de suas possibilidades...

Melhor um "ser humano" que admite sua imperfeição do que um "ser perfeito" que não consegue ser humano.


                                       Nada mais a declarar por hoje.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Sobre pessoas que acham que sabem demais...

Tem coisa e "não coisa" que é tudo a mesma coisa, mas vista de ponto de vista diferente parece outra coisa e as vezes é mesmo. Essa foi a coisa número 8 que aprendi (Para ler a lista completa, clique aqui).

Andaram compartilhando na internet, uma historinha ( que não sei se é verídica) que dizem "muito nos ensinar sobre não subestimar as pessoas"....

Daí que analisando a história ( eu e minhas análises ), percebi que aquela baboseira toda não passa de um exemplo típico de duas pessoas idiotas, que pensam que um sabe mais que o outro. 

E o "povo" compartilha como se fosse uma graande lição de moral. 

É um exemplo típico também de uma coisa que parece uma coisa, mas vista de um ponto de vista diferente parece outra coisa e às vezes é mesmo.

Primeiro leiam a tal história: 

 

No Curso de Medicina, o professor dirige-se ao aluno e pergunta:
- Quantos rins nós temos?
- Quatro! – responde o aluno.
- Quatro? – replica o professor, um arrogante, daqueles que sentem prazer em gozar com os erros dos alunos.
- Tragam um fardo de palha, pois temos um burro na sala. – ordena o professor ao auxiliar.
- E para mim um cafezinho! – pediu o aluno.
O professor ficou furioso e expulsou-o da sala. O aluno era Aparício Torelly Aporelly (1895-1971), o “Barão de Itararé”. Ao sair, o aluno ainda teve a audácia de corrigir o irritado mestre:
- O senhor me perguntou quantos rins “nós temos”. “Nós” temos quatro: dois meus e dois seus. “Nós” é uma expressão usada para o plural. Tenha um bom apetite e delicie-se com o capim.
A vida exige muito mais compreensão do que conhecimento. Às vezes, as pessoas, por terem um pouco a mais de conhecimento ou acreditarem que o tem, se acham no direito de subestimar os outros.



Tem muita gente que lê isso aí, bate palmas e compartilha...Mas analisem com atenção os seguintes aspectos...

O professor faz uma pergunta. 
O aluno se achando muito espertinho responde com "ironia". 
O professor se irrita ( afinal ele é o "senhordetentordosaber") e manda o aluno para fora da sala. 
O aluno ( que é o "senhordetentordosaber II ") se ofende e não perde a oportunidade de humilhar ainda mais o professor "corrigindo-o...

E o povo acha tudo bonitinho e posta como "moral da história": Não subestime a capacidade dos outros e blábláblá.... 

Ah, as pessoas...são tão engraçadas... 

Perdoem...mas ando analisando demais a vida, as pessoas... é só parar para observar...tudo é tão engraçado...e incoerente.

Igual o cara que veio aqui fazer palestra ( não vou falar quem é pq o cara é famoso, vai que ele ou alguém se ofende...)...

Estava indo tudo bem, até que num dado momento ele começou a falar em latim, (para nos mostrar que somos reles mortais que não sabemos latim)...Ele deu um jeito de enfiar o latim na palestra! 

Também "se gabou" de ter um filho "expert" em obras de arte que em visita ao Museu do Louvre , deu uma aula sobre obras de arte ( imagino o turista metido falando de seus altos conhecimentos...hehehehehe) e foi aplaudido e tals, e de outro é um jogador de futebol famoso e tals...enfim...tinha a ver com o assunto e não tinha...pouco importa...o que importa é que dali minha mente sofreu um "bloqueio - anti pessoas que acham que são melhores do que os outros- instantâneo"...

Deixei de prestar atenção na palestra e comecei a analisar a "arrogância nata" ( leia, uma arrogância que todos nós temos, uns mais, outros menos) do cara.

Talvez nem ele percebeu, é verdade, igual minha "amiga" que comparou meu filho com um cachorro quando meu marido disse brincando: "vou levar o cachorro na sua casa!" e  ela respondeu ( "brincando"): Não, leva o - nome do meu filho- que já tá bom demais!)...

As pessoas são assim...deixam escapar aquilo que elas pensam... É só observar e deixar elas falarem....

Vejam esse blog por exemplo, vocês conseguem me analisar? No meio de tanta baboseira que eu penso, os outros pensam ( muitos textos são "sugeridos" aqui)... existe aquilo que me escapa, te escapa, como por exemplo, nossos complexos, nossos medos, nossas ironias, enfim...

 Não adianta "pagar de santinho" porque todo mundo tem seu lado "obscuro"...( leia, aquele lado que você tenta esconder dos outros por ser politicamente, socialmente ou moralmente incorreto, mas às vezes ele escapa pela sua língua ou pelas suas ações).

No caso do palestrante, ele tinha muitas coisas boas para ensinar, alguns disseram que ele "era uma boa pessoa". Muitos sairam de lá com coisas boas na bagagem, mas infelizmente ele ativou meu botão de "análises" e a palestra acabou ali... (Tem horas que eu odeio meu botão de análises, ele me faz odiar instantaneamente pessoas que eu amo!). 

Problemas psicológicos meus à parte, em todo o caso, sempre pensei que, você pode ser muito inteligente, mas se usar essa inteligência para humilhar os outros, então não serve de nada...

Já dizia Renato Russo e Camões ( pra vcs que não acreditam em "bíblia")...que "sem amor tenho me tornado como um pedaço de latão que nada vale."

Muita gente por aí, acha que sabe tudo ( e sabe mesmo)...mas suas atitudes são incoerentes...

Falta de amor e "falsa humildade" . Combinação perfeita ativadora do meu botão de análises e destruidora de "boas ações".


Por isso,vou dar umas de dona Florinda: leia e compartilhe esse texto "E DA PRÓXIMA VEZ  " que for "ensinar" algo para alguém, cuide para que sua "arrogância nata" ( todo mundo tem isso, acredite), não seja mais forte do que o seu amor.

Até a próxima minha gente! Vejo vocês em Etérnia!



quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Sobre pequenas felicidades



Todo mundo tem suas pequenas felicidades...as coisas e as não coisas que te fazem sentir-se de "alma lavada"

Acho muito triste quando alguém com poucas felicidades julga a felicidade dos outros e a poda.

Manja aquele cara que você vai todo feliz contar algo e ele te joga um verdadeiro "balde de água fria"?

O mundo tá cheio de pessoas assim! Uns dizem que são pessoas invejosas, outros que são pessoas amarguradas pelos problemas da vida, outros que são pessoas apáticas...

Pessoas apáticas...como alguém pode viver desse jeito?

Pensando nisso, resolvi fazer minha lista de coisas e não coisas que me trazem uma pequena sensação de felicidade... E peço que me respeitem daqui pra frente ( leia: me respeitem aqueles que ainda não conhecem as minhas pequenas felicidades!)

Aliás, sugiro que vocês também façam as suas listas de "pequenas felicidades".

Quando estiverem amargurados, ao invés de "amargurarem a vida dos outros", peguem suas listas e leiam...Verá que ainda tem muito mais motivos para ser feliz do que para "amargar" na vida jogando balde de água fria na vida dos outros.

É isso...até a próxima minha  gente!!!!

 
Coisas e não coisas de lavar a alma.
Minha lista de pequenas felicidades:

Um céu cheio de estrelas.

Uns cachorros.

Uns gatos.

Uma libélula que vem brincar na minha água da mangueira enquanto lavo o quintal.

Borboletas.

Um cheiro bom qualquer, mas especialmente o de roupa lavada no varal. ( Ainda na categoria cheiro, cheiros de: roupa-nova, roupa de cama trocada, giz-de-cera, lápis e borracha novo, massinha de modelar ( acho que amo cheiro de sala de aula!), café no fim da tarde, meu filho quando acorda, perfume novo, banho, terra molhada quando chove e Nino- um gato que mora por aqui e não tem cheiro de gato, mas de qualquer coisa que me lembra alguma coisa.)

Chocolates. ( Ainda na categoria comidas: sorvete de cereja e pizza sem culpa!)

Ajudar alguém que precisa.

Rir até a barriga doer.

Dormir até não poder mais.

Escutar/cantar 1 dúzia de músicas favoritas.

Fim do dia.

Sábados.

Trabalho bem feito e concluído.

Oração.

Visitar a família lá longe. ( Ainda na categoria família: quando meu pai me liga, quando minha mãe faz café pra me esperar, quando minha irmã vai comigo passear em qualquer lugar, quando minhas tias me esperam para papear e matar a saudade...)

25 de março/Brás ( quem mora em SP me entende...)

Dia na praia com marido e filho ( raros, mas acontecem).

Pegar estrada.

Portal do Sol.

Poesia ( ler e escrever).

Ler e escrever.

Contar histórias.

Ouvir histórias.

Casa limpa.

Chuva com arco-íris ( ainda na categoria chuva: Cheiro de chuva,chuva pra dormir, tempestade com ventania e trovão...).

Avião ( acho que nem é o avião em si, mas o "olhar as nuvens lá de cima"...)

Mar e pôr ou nascer do sol.

Relâmpago.

Frio, chocolate quente e cobertor.

Alguns amigos

Muitos amigos

Filme de chorar.

Filme de rir.

Filme de pensar.

Teatro

Arte

Grilos cantando à noitinha

Filho correndo pela casa brincando de "imaginar"

Sonhos

Tempo livre para fazer qualquer bobeira que me der na telha

Pão caseiro

Bolinho de chuva

Dia do pagamento.

Customizar coisas.

Papo cabeça ou sem pé nem cabeça depende do dia.

Retalhos de pano, miçangas, tintas, cola, fuxicos, rendinhas...

Silêncio absoluto.

Barulho de rio.

Barulho de árvore

Consciência tranquila.


E você? Já fez a sua lista?

Segue abaixo, um texto fofo das pequenas felicidades da Cecília Meireles, que me inspira desde a infância, fez parte das minhas primeiras leituras...aprendi o segredo de descobrir pequenas felicidades com ela...
Degustem....

A Arte de Ser Feliz (Cecília Meireles)

Houve um tempo em que a minha
janela se abria para um chalé.

Na porta do chalé brilhava
um grande ovo de louça azul.

Neste ovo costumava pousar
um pombo branco.

Ora, nos dias límpidos,
quando o céu ficava da mesma
cor do ovo de louça,
o pombo parecia pousado no ar.

Eu era criança,
achava essa ilusão maravilhosa e
sentia-me completamente feliz.

Houve um tempo em que a minha
janela dava para um canal.

No canal oscilava um barco.
Um barco carregado de flores.
Para onde iam aquelas flores?
Quem as comprava?

Em que jarra... em que sala,
diante de quem brilhavam,
na sua breve experiência?
E que mãos as tinham criado?

E que pessoas iam sorrir de
alegres ao recebê-las?

Eu não era mais criança,
porém minha alma ficava
completamente feliz.

Houve um tempo em que a minha
janela se abria para um terreiro,
onde uma vasta mangueira
alargava sua copa redonda.

À sombra da árvore, numa esteira,
passava quase o dia todo sentada
uma mulher, cercada de crianças.
E contava histórias.

Eu não podia ouvir, da altura da janela,
e mesmo que a ouvisse, não entenderia,
porque isso foi muito longe,
num idioma difícil.

Mas as crianças tinham tal expressão
no rosto, e às vezes faziam com as mãos arabescos tão compreensíveis, que eu participava do auditório, imaginava os assuntos e suas peripécias e me sentia completamente feliz.

Houve um tempo em que na minha janela havia um pequeno jardim seco.

Era um tempo de estiagem,
de terra esfarelada,
e o jardim parecia morto.

Mas todas as manhãs vinha um pobre
homem com um balde e em silêncio,
ia atirando com a mão umas gotas
de água sobre as plantas.

Não era uma rega:
era uma espécie de aspersão ritual,
para que o jardim não morresse.

E eu olhava para as plantas,
para o homem, para as gotas de
água que caíam de seus dedos magros
e meu coração ficava
completamente feliz.

Mas, quando falo dessas pequenas
felicidades certas, que estão diante
de cada janela, uns dizem que essas
coisas não existem, outros que só
existem diante das minhas janelas
e outros finalmente, que é preciso
aprender a olhar, para poder vê-las assim.

Cecília Meireles ( te amo, sua linda!)